Intimidação em contexto escolar, rumo a uma educação para além da intimidação
DOI:
https://doi.org/10.31948/rb.v8i1.4114Palavras-chave:
alteridade, assédio, pedagogia, mesmice, educação, intimidade, poder, tempo, linguagem, liberdade, espaçoResumo
Dentro dos processos sociais em que o sujeito está imerso, especialmente no ambiente escolar, permite-nos focar a atenção na presença da intimidação, como uma prática social recorrente na atualidade e que por sua vez é parte ativa das realidades em que o sujeito está inserido, imerso com que esse sujeito se depara em seu cotidiano. É assim que se organiza uma investigação que vai além de um simples fato que revela um reconhecimento da mesmice, da alteridade e da intimidade, onde cada um ve à tona e que recusa o reconhecimento por outro e o traduz em negação por parte do outro.
Uma intimidação que contrasta com a aquisição da dignidade, de uma manifestação do fazer, do pensar e do dizer de cada sujeito e que transcende a sua intimidade para julgar a sua intensidade reconhecendo-se como ser humano, como indivíduo, como sujeito que faz parte de ativo de um coletivo, de uma sociedade, que por sua vez está em constante mudança com o propósito de se estabelecer a partir de sua mesmice dentro de um momento histórico que reflita dinamismo, transcendência, projeção e projete sua mesmice a partir daquela essência que o caracteriza como um sujeito único, particular, capaz de enfrentar uma realidade que o limita a ser quem realmente é.
A problemática do assédio escolar é abordada como uma prática de violência sistemática, intencional e sustentada ao longo do tempo que historicamente se expressou e se expressa em relações de dominação e negação do outro, ressaltando que este cenário de bullying vigora atualmente não só da agressão entre os diferentes atores que fazem parte das dinâmicas sociais que ocorrem nos contextos escolares, o que poderia ser entendido como um sintoma ou um sinal evidente da complexidade do fenômeno, mas como uma forma sistemática de sujeição do outro, a partir de o interesse da sociedade e do sistema em perpetuar pensamentos disciplinados e homogêneos que facilitem o exercício da opressão, mantendo-nos sujeitos à possibilidade de transformar a realidade, de nos emanciparmos e vislumbrarmos outras formas de acontecer no presente.
Em tensão com o exposto, buscamos afirmar um lugar de enunciação para pensar a intimidade e a alteridade como horizontes alternativos às práticas de bullying na Escola. A intimidade concebida como aquela de si difícil de ser explicitada aos outros, que até se apresenta como um mistério para si mesmo, sendo linguisticamente inexprimível, suscetível de ser encontrada naquilo que é silencioso que, no entanto, se constrói na estreita relação profunda e cotidiana com o outro, que se comunica em silêncios e atos sem voz (Pardo, 1996); e a alteridade configurada como a condição única do sujeito, aquilo que o torna irredutível, a possibilidade de ser outro e de ter a capacidade de descobrir-se a partir da divergência daqueles que também existem ou que o cercam, que o afetam, que portanto torná-lo único e singular.
Biografia do Autor
Daniel Armando Velasco Melo, Universidad Mariana
Magíster en Educación desde la diversidad; psicólogo. Administrativo, Vicerrectoría de Desarrollo Humano Integral
Referências
Arteaga, N., Delgado, J. L., Mejía, C. L., Salazar, E. C. y Velasco, D. (2014). Intimidación, intimidad y alteridad en contextos escolares [Informe de investigación, Universidad de Manizales]. https://ridum.umanizales.edu.co/xmlui/bitstream/handle/20.500.12746/1959/Intimidaci%C3%B3n%2C%20Intimidad%20y%20Alteridad%20en%20Contextos%20Escolares.pdf.pdf?sequence=1&isAllowed=y
Avilés, J. M. (2006). Diferencias de atribución causal en el bullying entre sus protagonistas. Revista Electrónica de Investigación Psicoeducativa, 4(9). https://doi.org/10.25115/ejrep.v4i9.1188 DOI: https://doi.org/10.25115/ejrep.v4i9.1188
Calvo, Á. R. y Ballester, F. (2007). Acoso escolar: procedimientos de intervención. EOS Madrid.
Cerezo, F. (1997). Conductas agresivas en la edad escolar. Aproximación teórica y metodológica: propuestas de intervención. Pirámide.
Corsi, J. y Peyrú, G. M. (2003). Violencias sociales. Editorial Ariel.
Freire, P. (1982). Pedagogía del oprimido. Siglo XXI Editores.
Foucault, M. (1992). El orden del discurso. (Trad. Alberto González). Tusquets Editores.
Garaigordobil, M. y Oñederra, J. A. (2010). Inteligencia emocional en las víctimas de acoso escolar y en los agresores. European journal of education and psychology, 3(2), 243-256. https://doi.org/10.30552/ejep.v3i2.55 DOI: https://doi.org/10.30552/ejep.v3i2.55
Heinsohn, R., Chaux, E. y Molano, A. (2010). "La chispita que quería encender todos los fósforos": Percepciones, creencias y emociones frente a la intimidación en un colegio masculino. Voces y Silencios: Revista Latinoamericana de Educación, 1(1), 5-22. https://doi.org/10.18175/vys1.1.2010.01 DOI: https://doi.org/10.18175/vys1.1.2010.01
Maturana, G. A., Pesca, A. M., Urrego, Á. L. y Velasco, A. (2009). Teoría sustantiva acerca de las creencias en convivencia escolar de estudiantes, docentes y directivos docentes en tres colegios públicos de Bogotá D.C. [Tesis de maestría, Pontificia Universidad Javeriana]. https://repository.javeriana.edu.co/handle/10554/420
Mejía, C. L. y Delgado, J. L. (2014). Intimidación, intimidad y alteridad en contextos escolares [Tesis de maestría, Universidad de Manizales]. https://ridum.umanizales.edu.co/xmlui/handle/20.500.12746/1959
Pardo, J. L. (1992). Las formas de la exterioridad. Pre-textos.
Pardo, J. L. (1996). La Intimidad. Pre-textos.
Pérez, S. (2024). La crítica metódica de Michel Foucault. Universidad Autónoma Metropolitana. https://doi.org/10.28928/omp/ebook/2024/562/csr/criticametodica DOI: https://doi.org/10.28928/omp/ebook/2024/562/csr/criticametodica
Ramos, M. J. (2007). Violencia escolar, un análisis exploratorio [Tesis doctoral, Universidad Pablo de Olavide]. https://www.uv.es/lisis/manuel-ramos/violencia-escolar.pdf
Como Citar
Downloads
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Daniel Armando Velasco Melo

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Revista Biumar es publicada por la Editorial UNIMAR de la Universidad Mariana bajo los términos de la licencia Creative Commons Reconocimiento 4.0 Internacional (CC BY 4.0)