Processo de intervenção para vincular uma criança menor a uma rede de apoio

Resumo

O artigo se baseia na sistematização que foi realizada no Instituto do Bem-Estar da Família em 2015, no município de Bolívar, Cauca, de um caso de vinculação a uma rede de apoio a uma criança menor de 13 anos, que apresentava situação de abandono por parte de seus pais. A mãe solicitou apoio ao Instituto, argumentando dificuldades em seu comportamento, com desrespeito às normas e autoridade, comportamento de rua e riscos de abuso sexual.
A equipe interdisciplinar recebeu o caso para sua intervenção, utilizando técnicas como entrevista familiar e individual, bem como o colateral, análise documental, observação direta, o genograma, o perfil de vulnerabilidade e a visita domiciliar.
Após a realização das ações de intervenção psicossocial, constata-se que a criança menor não possui uma rede de apoio de linha materna e paterna; seus pais não manifestavam vontade de exercer proteção e não possuíam condições econômicas que garantissem seus direitos. Considerando que, desde o início do Processo Administrativo pela Restauração de Direitos em favor do adolescente, o ICBF esgotou todas as ações, buscou-se que a família se responsabilizasse pela adolescente, cumprindo os processos de intervenção cabíveis, mas ninguém foi encontrado no seio das famílias que cuidavam do menor, para o qual foi determinado que o caso deveria permanecer sob a medida de proteção do instituto e prosseguir com o processo de definição da medida de declaração de adoção.